Eu Achei Que Meu Marido Estivesse Trabalhando Até Tarde, Mas Encontrei o Carro Dele Estacionado em um Hotel

INTERESANTE

Tinha sido uma semana longa e exaustiva.

Entre o trabalho, as crianças e tentando manter tudo em ordem em casa, comecei a sentir como se estivesse funcionando no piloto automático.

Meu marido, Mark, estava ficando mais tempo no escritório ultimamente, e embora eu entendesse as exigências do trabalho dele, não podia deixar de sentir que estávamos nos distanciando cada vez mais.

As nossas conversas noturnas tinham se transformado em mensagens rápidas, e os finais de semana juntos estavam se tornando raros.

Naquela noite em particular, ele mencionou que ficaria até tarde para terminar um grande projeto.

“Vai ser uma noite longa, querida”, ele disse ao telefone mais cedo.

“Não espere acordada.”

Eu o tranquilizei, dizendo que tudo bem, embora, na realidade, eu tivesse esperança de passar algum tempo com ele depois que as crianças estivessem dormindo.

Depois de colocar as crianças na cama, me sentei no sofá com uma taça de vinho, rolando o celular.

Eu estava tentando relaxar, mas algo não parecia certo.

Eu não conseguia explicar, mas meu instinto me dizia que havia mais na situação do que Mark estava me dizendo.

Eu aprendi há muito tempo a confiar nos meus instintos, especialmente quando eles estavam me incomodando como naquele momento.

Por volta das 21h30, decidi dar uma volta.

Eu precisava de um pouco de ar fresco e, se fosse honesta, precisava clarear a minha cabeça.

Enquanto dirigia pelas ruas tranquilas, me vi passando pelo hotel onde Mark costumava ter reuniões com clientes quando estavam na cidade.

Não era nada de mais – ele já havia mencionado algumas vezes que alguns negócios maiores exigiam uma estadia neste hotel para jantares ou conferências com clientes.

Mas, ao passar pelo hotel naquela noite, dei uma segunda olhada.

Estacionado no estacionamento, à vista de todos, estava o carro de Mark.

Meu coração deu um salto.

Não podia ser, pensei.

Talvez alguém tenha estacionado ali por ele.

Talvez fosse um engano.

Mas, ao diminuir a velocidade para olhar melhor, não consegui afastar a sensação no fundo do meu estômago.

O carro estava estacionado no final do estacionamento, e eu sabia que era o carro dele – porque reconheci os arranhões no para-choque e a tinta descascada na porta.

Imediatamente, parei o carro no acostamento, minha mente a mil.

O que ele estava fazendo ali? Eu estava tão certa de que ele estava trabalhando até tarde.

Era mais uma reunião de trabalho à noite que eu não sabia? Ou havia algo mais acontecendo?

Fiquei ali por alguns minutos, tentando acalmar meus nervos, mas quanto mais eu pensava nisso, mais minha curiosidade me dominava.

Não me orgulho do que fiz a seguir, mas não consegui ignorar a crescente necessidade de entender o que estava realmente acontecendo.

Estacionei meu carro na rua e caminhei até o hotel.

O lobby estava tranquilo, com apenas algumas pessoas fazendo check-in.

Meu coração batia forte no peito enquanto eu vasculhava o ambiente, esperando não ver nada que fizesse meu coração se partir.

Fiquei perto da entrada por um momento, sem saber o que fazer, até que avistei o elevador.

Fui até ele, com os passos ecoando no lobby vazio.

Quando as portas do elevador se abriram, entrei, com o coração disparado.

Eu não sabia para onde estava indo.

Nem sequer sabia se estava pronta para encarar o que pudesse encontrar.

Mas algo me impulsionava para frente, a necessidade de respostas turvando o meu julgamento.

Pressionei o botão para o terceiro andar.

À medida que o elevador subia, sentia minhas mãos suando.

O que eu faria se visse o Mark? Confrontá-lo? Agir como se nada estivesse errado? Não tinha certeza, mas meus pés me levaram até o corredor.

Caminhei lentamente pelo corredor, o som dos meus passos abafado pelo carpete macio.

Enquanto passava pelos quartos, tentei controlar minha respiração.

Não tinha plano.

Estava agindo apenas por instinto.

Quando cheguei no quarto 312, vi um rosto familiar – um funcionário do hotel parado em frente à porta, conversando com um casal.

Meus olhos ficaram fixos no número do quarto.

E então, eu ouvi.

A voz de Mark, suave, mas reconhecível, ecoou pelo corredor.

Parecia que ele estava conversando com alguém.

Eu não conseguia entender as palavras, mas o tom de voz era inconfundível – suave, caloroso.

Não era o tom que ele usava quando estava trabalhando até tarde.

Não era o tom que eu estava acostumada.

Senti meu estômago afundar.

Ele estava com alguém? Não podia ser.

Eu precisava saber.

Hesitei por um momento e então fiz algo que nunca pensei que faria.

Me aproximei da porta, tentando escutar.

E então ouvi – o som inconfundível de risadas.

Não era qualquer risada.

Era o som de Mark rindo de uma forma que eu não ouvia há meses.

Uma risada que eu não ouvia desde que as longas horas de trabalho começaram a dominar a nossa vida.

Era leve, despreocupada.

Ele não ria assim comigo há muito tempo.

Me afastei, meu coração batendo forte no peito, minha mente girando com mil pensamentos.

As risadas continuaram.

Eu não queria acreditar no que estava acontecendo.

Queria confiar nele.

Mas a evidência estava bem ali, na minha frente.

Virei-me e corri de volta para o elevador, minhas mãos tremendo enquanto apertava o botão para sair.

A descida parecia uma eternidade.

Eu estava desesperada para voltar para o carro, para pensar.

Eu precisava entender o que acabara de ouvir.

Será que eu estava exagerando? Havia uma explicação simples?

Fiquei no carro por um bom tempo, olhando o hotel à distância, minha mente tentando racionalizar tudo.

Talvez eu tivesse entendido errado.

Talvez eu tivesse ouvido algo errado.

Mas, lá no fundo, sabia que a verdade estava bem diante de mim.

Mark me mentiu.

Eu não podia ter certeza dos detalhes, mas sabia que ele não estava no trabalho.

Ele estava ali, com outra pessoa.

Meu coração se partiu mais uma vez.

Eu não esperava isso – não vi isso vindo.

Mas ali estava, uma verdade dolorosa que eu não podia mais negar.

Quando finalmente fui para casa, não sabia o que dizer.

Não sabia como abordar Mark ou o que perguntar.

Só sabia que tudo tinha mudado.

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